Carreiro triste
Na fazenda sertãozinho tinha oito bois carreiro
Muito bem aparelhado muito esperto e bem ligeiro
Esses bois são muito bonitos era orgulho do carreiro
Que carreava sozinho não usava candeeiro
Por carreiro Marcolino esses bois foi amansado
Do cabeçaio do carro a virava pra qualquer lado
Nos caminhos mais difícil não ficava enroscado
Não precisava violência ferrão não era usado
E o tempo foi passando tudo se modificou
O patrão do Marcolino fez a compra de um trator
Precisou vender os bois e o carro ele encostou
Por lembrança do passado herança do seu avo
Encima de uma carreta com destino ao matadouro
Lá se foi os bois carreiro que o Marcolino amansou
na saída da porteira boi palácio berrou
despediu do Marcolino pobre carreiro chorou
Marcolino foi pra casa com dor no seu coração
Não olhou mais para o carro guardado lá no galpão
Hoje ele é carreiro triste prendeu sua profissão
Mudou daquela fazenda e inimigo do patrão