Encontro de boiada
Nas estradas de Bonito encontrei uma boiada
Com destino a caracol por seis peões vinha tocada
Vinha vindo de ponteiro um violeiro destemido
Por nome de Zé campeiro era muito conhecido
Conduzindo a carroça um menino bem crescido
O seu nome era Guilherme na lida era resolvido
O paixão e o Campeirinho fazia sua função
Com chicote de fivela o berrante e o ferrão
A boiada era mística foi formada em Corumbá
João Batista era o dono mineiro de Itajubá
Mil duzentos pantaneiros vinham tocados dela
Por estradas boiadeira que cortava o Pantanal
Espantando as sucuris do meio do lamaçal
Revoavam as garças brancas do alto de seus ninhal
Com trinta dias de estrada só perderam quatro boi
A façanha da peonada eu já conto como foi
La na ponte das Araras uma reis escorregou
Levando junto com ela e a correnteza arrastou
Quando chegou no asfalto a boiada dividiu
E nos dois lados da pista a comitiva insistiu
Parte falada
E no sentido contrario vinha outra comitiva que saindo de Ladário
Também vinha dividida proprietário João Batista com destino a
Bela vista, mil seiscentos pantaneiros boiada a perder de vista
O ponteiro da boiada um cabra desconhecido seu nome era Dalizo
Era um homem embrutecido que não quis ceder caminho
Por não ser bom de juízo
Parte cantada
Campeirinho calmamente a boiada invernou
Num pasto muito verdinho que de um homem alugou
Passou a noite cantando e dançando com a sobrinhada
A Celeste e a Marina misturou com a peonada
Dona Ilda com Renata fazia macarronada
O dono desta boiada tinha o nome complicado
João Batista da silva como era registrado
Passou chamar João Furquim depois que tinha casado
Com a esposa dona Ilda que seus filhos foram criados
Vivem hoje no pantanal cuidando de soja e